quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Matemática separa o Ensinar do Aprender?


Muitas pessoas acreditam que ensinar matemática é muito fácil, pois existem definições prontas, o conteúdo está num livro didático e seria somente trabalhar com os alunos o que está nele. Assim, o aluno iria aprender com facilidade este conteúdo, lembrando que a matemática é temida por muitos. Mas, será que este processo é tão fácil? Errado, a metodologia de ensino antigamente provavelmente tenha sido desta forma, mas como tudo no mundo se desenvolve, o processo do ensinar e de aprender também se modificou.

Fonte: http://blogessenciaeequilibrio.blogspot.com.br/2011/04/saberes-necessarios-pratica-educativa.html


Hoje, ensinar matemática abrange vários campos, desde o trabalho com o livro didático, com materiais concretos, atividades lúdicas, jogos, entre outras estratégias que o professor propõe ao estudante. Normalmente, ao trabalhar algum conteúdo o educador procura conhecer o estudante e assim saber o que ele conhece. Partindo deste conhecimento e da realidade do estudante, o professor vai procurar e analisar uma estratégia mais adequada para construir ou reconstruir o conteúdo a ser estudado. Este processo é desenvolvido através do diálogo constante, tanto na hora de conhecer o estudante, tanto no desenvolvimento das atividades. O diálogo e o questionar faz com que o professor e alunos sejam seres ativos neste processo, ou seja, enquanto um ensina o outro aprende.
“Ensinar é criar condições para que os alunos desenvolvam as condições básicas de domínio das diversas linguagens, fundamentalmente a da escrita, de modo a poder sistematizar o conhecimento e expressar tanto suas dúvidas e incertezas quanto suas descobertas e criações”. Através desta citação, podemos perceber que o ensinar envolve o domínio de várias linguagens, na matemática não é diferente. O ensinar deve fazer com que o jovem aprenda a relacionar os conteúdos estudados, deve fazer com que o aluno se torne um cidadão ativo na sociedade

 Fonte: http://falandodaeducacao.blogspot.com.br/2009/08/ensinando-matematica-de-maneira-ludica.html

Podemos notar, que neste processo não tem como separar o aprender do ensinar, ou vice-versa. Assim, o ensinar e o aprender “implicam em uma ação colaborativa, participativa e de construção conjunta”. Um aluno pode aprender sozinho? Ele até pode aprender sozinho, mas existem outras forças além do professor que acabam o ensinando, como: a sociedade, seu grupo de amigos, a família, o trabalho, entre outros. Portanto, temos “espaços para que uns ensinem aos outros aquilo que dominam melhor”.
O aprender e o ensinar matemática estão relacionados com a sociedade do estudante. Pois, ao escolher uma metodologia o professor leva em consideração o ambiente social, o qual o estudante está presente. Por exemplo, vou trabalhar numa região de produção agrícola e vou citar as áreas do Shopping de uma cidade. Será que estes estudantes vão ter uma noção deste espaço? Ou será que fica mais fácil eu trabalhar com a área do campo de gado, área da soja plantada ou da parreira de uva.
Esta socialização facilita bastante o processo de ensino-aprendizagem, o aluno “rural” certamente vai aprender com mais facilidade com estes questionamentos. Mesmo não sendo o estilo de vida do professor, ele deve buscar aprender isto. No diálogo com os estudantes, pode ter certeza que ele vai aprender ainda mais. “Aprender implica na capacidade de construir significados, reconstruindo o passado, e projetando o futuro”.
Portanto, neste novo mundo educacional, o ensinar e aprender estão juntos, entrelaçados. Pois, se trabalhar o ensinar isoladamente do aprender, ele acaba perdendo a sua importância, se tornando somente uma estrada que não vai levar em lugar algum. Vou ensinar um conteúdo sem significado para o jovem, pois ele não vai aprender. Este tipo de conteúdo faz com que o estudante se desapegue à disciplina, não estabeleça o laço afetivo com ela. Se o docente e o estudante trabalham com afeição, pode ter certeza que haverá aprendizagens, pois tudo que tem emoção fica marcado nas pessoas, tanto nos alunos como nos docentes.

Referência:

Disponível em: <http://www.boaaula.com.br/iolanda/tese/ensinar.htm>. Acesso em: 06 de abril de 2012.

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