As tecnologias nos últimos anos
se desenvolveram rapidamente, e isto inclui também a disseminação dos
computadores e do acesso à internet. Uma pesquisa realizada pelo Pew Institute
Research, dos Estados Unidos mostra que o número de pessoas que utilizavam computador
em 2002 era 22% e este percentual duplicou em 2007.
Com esta perspectiva, a
sociedade impõe o uso da tecnologia na educação e é um belo instrumento que
pode ajudar a melhorar a qualidade do ensino. O uso do computador vem para
desestabilizar a relação professor-aluno, pois existem muitas informações na
internet e os jovens estão conectados neste meio, então eles têm acesso à muita
informação.
O docente pode utilizar este
recurso para aprofundar conhecimentos em sala de aula, para refletir sobre um
conteúdo, para testar hipóteses, entre outras finalidades. Este é o lado
positivo da tecnologia na educação, mas ela também tem o lado negativo. A internet
possui várias matérias de fácil acesso, isso acaba deixando muitas vezes os
alunos acomodados, por exemplo, na realização de um trabalho existem dois tipos
de trabalho: o com aprendizagem e o copia-cola que muitas vezes nem é lido pelo
jovem. Segue abaixo uma reportagem que fala sobre a tecnologia na escola.
O professor deve estar atento a
esta tecnologia e desenvolver junto com a criança esta capacidade de pesquisar
inteligentemente para não tornar o ensino mecanizado, como era na pedagogia
empírica. A tecnologia pode ser usada para o bem ou para o mal, tudo depende do
docente que encaminha o uso deste instrumento.
Esta tecnologia faz com que os
professores se adaptem nesta nova forma de ensinar, e com isto as licenciaturas
têm que mudar um pouco o seu currículo para desenvolver esta capacidade. No
curso de Matemática na UCS, os professores estimulam a pesquisa e já possui
algumas disciplinas semipresenciais para estimular o uso de ambientes virtuais,
por exemplo, este blog desenvolvido surgiu através de uma disciplina do
currículo da Matemática.
Estas disciplinas trazem uma
reflexão e uma aprendizagem imensa, pois ao postar no fórum uma dúvida você tem
que ser tão claro como aquela pessoa que vai responder. Além disto, o docente
geralmente não dá a resposta, e sim indica alguma bibliografia ou faz algum
questionamento fazendo com que o acadêmico pense sobre o assunto e vá atrás do
conteúdo. Ao questionar, vemos que a pedagogia relacional esta presente até
mesmo no ambiente virtual, nesta pedagogia existe a relação professor-aluno e
aluno-aluno, ela preenche as lacunas deixadas pelas aulas presenciais.
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Tecnologia e Educação
Matemática
Em todas as áreas houve uma
resistência dos professores adorarem os meios tecnológicos, pois tudo que é
novo muitas vezes e visto como algo diferente e que não vai ajudar em nada. Na
matemática não foi diferente. O que muda do ensino em sala de aula para num
laboratório? Bom, o pensar matemático deve ser mantido, a interdisciplinaridade
esta mais próxima e também tem a facilidade propiciada por softwares gratuitos.
Segundo Zorzan, com a tecnologia, a educação matemática tem o “objetivo de
estimular a curiosidade, a imaginação, a comunicação, a construção de
diferentes caminhos para a resolução de problemas e o desenvolvimento das
capacidades: cognitiva, afetiva, moral e social” (p. 88).
Existem vários softwares que
ajudam o professor de matemática a desenvolver atividades interessantes, como:
Cabri-Geometry, Régua e compasso, Graphequation, Winplot, Tangram e Winmat. Estes
softwares ou até mesmos sites possibilitam que a criança pesquise, faça
simulações, manipulações de cálculos numéricos, visualizações de objeto em 2D e
3D, teste de hipóteses e reorganizar seu pensamento. Quem sabe com a
tecnologia, a matemática deixe de ser algo somente para gênios e permita que
todos encarem a matemática como conhecimento natural.
Com os softwares, existe uma
mudança no enfoque dos conteúdos, por exemplo, ao trabalhar o conteúdo de
representação geométrica de funções, o aluno perde um tempo considerável para
construir o gráfico. O computador constrói o gráfico em segundos, e o restante
do tempo o docente pode aproveitar para fazer uma análise gráfica.
Claro que é importante o jovem
saber desenhar um gráfico e este trabalho deve ser feito, mas quando eles já
sabem, fica um exercício de repetição. Esta repetição acaba deixando a aula
desinteressante e neste momento pode entrar a tecnologia para deixar a aula
mais atraente, sem esquecer o enfoque principal do software que é auxiliar a desenvolver
a aprendizagem.
Com esta tecnologia, “o saber
matemático passa a constituir-se pelo mundo imaginário, pelo uso da
criatividade, pela experimentação e pela possibilidade de ensaios, hipóteses e
erros, deixando de ser uma ciência pronta, acabada e um saber dogmatizado”
(ZORZAN, p. 91). Abaixo tem um anexo em slides que apresenta uma síntese deste
texto.
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Portanto, este é um ótimo meio
que pode melhor a qualidade do ensino, cabe a cada docente aprender a lidar com
esta ferramenta e fazer seu uso correto em algumas de suas aulas. A tecnologia
não precisa estar presente em todas as aulas, isto poderia se tornar chato, ela
é um recurso para ser usado durante o ano letivo, podendo fazer uma mescla
entre a pedagogia construtivista e os meios tecnológicos. As tecnologias vêm
para auxiliar o professor a atingir seus objetivos pedagógicos. O docente se
torna um mediador fazendo com que o grupo reflita, desenvolvendo um pensamento
lógico e tornando o jovem um ser crítico.
Referências:
Disponível em: <http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI1974398-EI12884,00-Brasil+e+pais+em+que+uso+de+computador+mais+aumentou+diz+pesquisa.html>.
Acesso em: 28 de mar. 2012.
Disponível em:
<http://www.sicoda.fw.uri.br/revistas/artigos/1_7_76.pdf>. Acesso em: 30
de mar 2012.
Disponível em:
<http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/32619_4172.PDF>. Acesso
em: 29 de mar. 2012.
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